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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Story of My Life #Capitulo 16 "Inovando"



                                                 #Pov Zayn#

O silêncio predominou quando entrei no carro, logo após abrir a porta do passageiro para ela.

      -A Kelly não sabe disso, sabe? - porque ela se referia a mãe pelo próprio nome?

     -Não, ela não sabe. - garanti ofegante. Deus! Ela estava comigo, NO MEU CARRO! - se você quiser, posso te deixar na sua casa... Onde fica?
     Os olhos dela me encararam curiosos.

    -Não, eu não quero ir pra minha casa. - sua voz tremia - você é mesmo meu pai, não é?

    Nos encaramos diretamente pela primeira vez.

   -O que você acha? - ela hesitou por uns instantes, e ficou de joelhos no banco de frente pra mim. Suas mãos foram até minhas bochechas, e ela ficou me encarando. Tão de perto... Eu quase ri.

    -Acho que é. - seu sorriso foi meigo - dizem que as filhas parecem com os pais... E eu pareço com você. Bastante!
   -Isso é bom? - ela largou meu rosto, e voltou a se sentar. Apanhei a mochila que ela usava, junto com o livro de coloquei no banco de trás.
   -Acho que sim. Eu sempre quis ter um pai assim, de verdade, que todo mundo notasse que era meu pai... - liguei o carro. - mas a minha mãe disse que você não me queria.
 
  -A sua mãe te disse isso? - freei com o carro na hora.

   -Disse... Eu acreditei.

   -Ela está enganada, muito enganada. - o olhar dela foi brilhante, como se acreditasse em mim. - quer ir pra casa?

   -Não. - falou na hora - se pude nunca mais me deixar lá, eu vou te agradecer.

   O que? Nós precisávamos conversar...

   -Está bem, então. Vou te levar pra minha casa, pode? - ela assentiu.

   -A Kelly vai te matar quando descobrir. - sua voz soou amedrontada. A minha mulher também vai me matar quando descobrir...

   -Deixa que eu me vejo com ela... Não se preocupe. - sai com o carro. Decidi que não importava que eu tenha tentado inúmeras vezes e perdido no passado. O que importava é que agora eu não era um adolescente idiota, que eu tinha crescido, casado, e era totalmente capaz de cuidar da minha filha.

                                   #Pov (S/n)#

Caramba!

Já eram seis, e nada dele! Eu já estava ficando preocupada... Mas o carro passou pelos arbustos do jardim, e meu coração e aliviou.

   Subi pro quarto correndo. Eu estava meio envergonhada... Me sentei em minha cama, e fiquei lá, atenta a todos os sons. E foi ai que um em especial me chamou a atenção...
 
-Quem é que você queria que eu conhecesse? - meu coração começou a pular dentro de mim. O que estava rolando ali?

   Abri a porta do quarto e sai como um vulcão em direção a sala. E quando lá cheguei, Zayn estava vindo em minha direção, trombamos um com o outro, e quase fomos ao chão.

   -AU! - ele me segurava pela cintura.

   -(S/n)... - seu voz era preocupada - o que foi? Te machuquei?

   -Não... - falei baixinho, tentando olhar por trás dele.

   -Tenho duas coisas pra te falar... Uma: o teste deu negativo... - ele sorriu de canto. - duas: (S/n), por favor, não fique brava comigo. - suas mãos seguraram as minhas, e seus olhos pregaram-se em meus olhos - eu ia te contar, eu ia mesmo... Só não sabia como.

     Aos poucos, saiu de minha frente, e vi Tabatta, a mesma do parque parada no meio da minha sala de estar.

    -VOCÊ? - ela disse assustada. - não acredito!

   -Olá Tabatta... - falei coçando a orelha. Olhei pra Zayn - por favor, não fique bravo comigo. Eu ia te contar, só não sabia como.
    Ele soltou uma risada entre dentes, como se não entendesse nada, mas se aliviasse.

    -Então você é irmã do meu pai? - eu e Zayn nos olhamos, e rimos um pouco.

   -VOCÊS SE CONHECEM? – nenhuma de nós respondeu.

   -É uma longa história.

   -Tabatta, ela é minha esposa, (S/n). - os olhos dela se abriram muito.

   -Uuuu... - disse rindo - ta, então ta bom. - ela deu os ombros.

   -E então, porque não me dá essas coisas aqui, e vem conhecer a casa? - ela assentiu. Zayn piscou pra mim... Coloquei a mochilinha dela e o livro que ela carregava sobre o sofá da sala principal, e fomos em direção a casa.
    Apresentei a casa toda a ela, e sua reação era meio tímida, apesar de deslumbrada.
A trouxe de volta a sala.

    -Então, como eu devo te chamar? - questionou a mim.

    -Pode me chamar de (S/a), madrasta, tia, o que você quiser. - ela sorriu.

    -Você é bonita. (S/n) combina com você papai... -Zayn e eu nos olhamos.

   -Estamos muito encrencados? - murmurei entre dentes pra ela não me ouvir.

   -Posso ser preso por isso... - falou mais baixo ainda.

   -Ótimo, ADORO o perigo! - ele riu. - que tal comer alguma coisa, lindinha? - Ela fez carinha de “devo ou não”? - a por favor, vamos... - estendi a mão pra ela.

   -Podemos ir ao banheiro primeiro? Quero fazer xixi! - ela gargalhou baixinho.

   -Claro! - ela veio até mim - espera viu? - falei pra Zayn que subiu em direção ao quarto - nós, meninas, vamos ao banheiro. - eu e Tabatta fomos ao banheiro, eu a ajudei e enquanto a auxiliava a colocar a saia calça do colégio de volta, percebi que as pernas dela eram marcadas de arroxeados. Como se ela tivesse sido espancada. - você não quer tomar um banho? - eu disse meio preocupada. Aquilo deveria doer...

   -Mas eu num tenho roupas, (S/n)! - ela terminou de abotoar a saia.

   -A minha sobrinha Brenda ficou aqui comigo umas semanas, e ela deixou umas roupas. Ela é um pouco mais alta que você, mas é magrinha igual... - ela riu.

    -Ah, então está bem. - ela deu os ombros.

   -Olha, aqui é o xampu, o sabonete... - fiquei explicando tudo, depois de ajudá-la a tirar o uniforme - você toma banho direitinho, né?

    -(S/n), eu sempre fiz tudo sozinha... Não precisa se preocupar comigo. - eu neguei.

    -Você é uma menininha ainda, Tabatta. E  eu me preocupo... O seu pai também. - abri o chuveiro pra ela - vou pegar a sua roupa, Ok? - ela assentiu quando entrou no chuveiro. Sai do banheiro, e dei de cara com Zayn. - quer me matar? - disse entre dentes.

   -Não antes de você me explicar essa história direitinho. - sua voz era autoritária - (S/n), você sabia? E me escondeu o tempo todo... Há, como é que você descobriu?

   -Descobri o que? Que você tinha uma filha com uma prostituta e não me disse nada? Acho que quem deveria explicar aqui era você, querido. - aproximei meus lábios dos dele, lhe beijando brevemente. - então o teste deu negativo?

    -Sim. - falou com a voz baixa - eu não queria que tivesse sido assim... - seus olhos eram tristes.

   -Eu quero, agora. Quero te dar filhos... Eu adoraria. - seus braços me apertaram um pouco, em surpresa. Eu me sentia em desvantagem. Pela primeira vez me senti assim...

    -Quer? - falou baixo - podemos esperar...

    -Ou podemos parar de tentar não ter... - sugeri.

   -Tecnicamente nunca tentamos não ter... - eu ri. - podemos fazer crianças lindas...

   -Todas como a Tabatta? - ele assentiu. - ok, começamos mais tarde - ele riu - vou pegar uma roupinha pra ela... Depois, precisamos conversar sério.

   Segui meu caminho, e naquela noite, fizemos tudo o que uma família de verdade fez. Dei banho em Tabatta, coloquei uma blusa de Brenda nela e ficou como um vestido. Mas na verdade, até a blusa era em modelo de vestidos; depois jantamos, e ficamos vendo TV.

   O estranho é que NINGUÉM apareceu na nossa porta. Ficamos alerta, esperando acontecer a qualquer momento, mas NADA! NADA... Depois de ficarmos contando episódios idiotas da nossa vida pra ela, ela ficou nos dizendo o que fazia na escola.

    Parecia que a escola era onde ela mais gostava de ficar...

    Ela estava entre nós no sofá, quando adormeceu. Zayn tentou levá-la pra minha cama sem acordá-la, mas ela despertou. Ele não se cabia de felicidade por ela estar ali, e aquilo era nítido.

     Ela ia dormir no meu quarto. Depois de ela se deitar, nós nos sentamos na beira da cama pra dar boa noite.

    -Boa noite, filha. - ele disse docemente, com a mão em meu ombro - qualquer coisa é só chamar, esta bem?

   -Boa noite papai... - falou sorrindo - boa noite tia. - a mãozinha dela buscou a minha. - eu gostaria de vir aqui mais vezes, eu posso?

   -É claro que pode! - falei sorrindo - pode vir quando quiser, na hora que quiser! -Mas a expressão dela era de duvida.

   -A Kelly... Ela vai me bat... - ela se deteve - não vai mais deixar eu vir. Ela disse que o meu pai não gostava de mim... Ela vai ficar MUITO brava quando descobrir que estou aqui.

   -Isso é mentira, querida. - falou brevemente enraivecido - eu amo você. E não se preocupe, com ela EU ME ENTENDO.

   Depois de nos “despedirmos”, Zayn e eu fomos para o quarto dele. Fique atrás, e fechei a porta assim que passei, o olhando. Ele tinha uma postura nitidamente descontrolada. Andava de um lado pro outro...

   -Zayn, por favor, se acalme... - pedi me aproximando dele, colocando as mãos em meus ombros. Ele suspirou com as mãos apertando os olhos, e me olhou, pousando a mão sobre meu queixo mantendo nosso olhar junto.

   -Obrigado, está bem? - disse calmo, apenas me olhando. - por não ter feito um escândalo, nem ter se colocado contra mim. Você é a melhor mulher do mundo... É sério!

   Ele me abraçou, e me escorei a ele quase chorando contra sua camisa.

   -Eu só quero te fazer feliz... Sua felicidade é tudo que me importa. - ele assentiu.

   -Posso te dizer o mesmo... - ainda estávamos abraçados. - você concorda, então?

   -Em lutarmos pela guarda dela? - falei rapidamente. - É CLARO! Não se preocupe, eu já entrei com um processo em relação a isso... - ele saiu do abraço, mais continuou com suas mãos em minha cintura.

   -Já? - o olhar dele era confuso - você é rápida, sabia? - ele beijou minha testa - mas além disso, você concorda com AQUILO também? - os lábios dele se repuxaram quando ele disse “aquilo”.

   Estreitei meu olhar em direção a ele.

   -Aquilo, O QUE? - questionei.

   -Sobre me dar filhos?

   -Ah! - me aproximei mais - eu ainda acho que está muito cedo... Você não acha que podemos curtir mais o casamento? - ele assentiu - mas como provavelmente Tabatta irá vir morar conosco - eu não pude evitar de sorrir ao pensar na idéia - vou ter que ficar em casa com ela, sabe como é? Ser uma “mãe”. Então, já que vamos fazer isso assim, podemos fazer o que tanto nossos pais desejam... Um neto.

   -Está bem, Obrigado! - ele gargalhou, me abraçou tão forte, quase me tirando do chão. - eu tenho uma coisa pra você. - ergui minhas sobrancelhas, e ele piscou.

   Comigo entre seus braços, ele foi até o guarda roupas, e apanhou uma pedra brilhante e extremamente verde, porem com uma leve coloração de azul. Era lindo, maravilhoso... Era... Indescritível.

    -O que é isso? - ele pousou a pedra sobre minha mão. Percebi que sua textura era como diamante, era possível se enxergar através dela, como se fosse um espelh destorcido.

   -O pessoal da escavação encontrou, e perceberam que era diferente. Mandaram para o pessoal do laboratório estudar, e viram que não era nada diferente, era só um estilo de “aborto de diamantes”. - eu ri, revirando a pedra “preciosa” em minhas mãos. - ai quando eu o vi, percebi que eram da cor dos seus olhos.

    Meu olhar se desviou para ele, e depois para a pedra novamente.

   -Meus olhos? - murmurei.

   -Aham... - falou sorrindo. - trouxe pra você. Estava pensando se deveria mandar fazer um anel, brinco, colar, ou sei lá o que. Mais sei que você não é muito chegada nessas coisas de jóias - ele deu os ombros, e eu assenti - então eu trouxe, e decidir te dar assim, inteira, pra você decidir o que fazer. O que achou?

   -Achei perfeito. - eu sorri - você não é como todos os maridos. - nos beijamos.

   -Você também não é como todas as mulheres...

   A partir dali, passamos a noite em claro tentando realizar o desejo de nossos pais, lhes dar um neto. Dar um filho meu a Zayn.

       (Continua...)

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