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sábado, 9 de novembro de 2013

Story of My Life #Capitulo 3 "Marcados"



10 de janeiro. *O casamento*

                        #Pov (S/n)#

   Acordei, meu olhar chocou-se a bela imagem a minha frente, Zayn dormia calmamente. 06:30 da manhã, senti-me triste ao imaginar que essa fora e será sempre a primeira vez que me deitarei com um homem pelos próximos anos desse bendito contrato.
   Levantei-me mansamente para o Zayn não acordar, vi ele remexer. Fui ao banheiro e coloquei minha roupa de ontem. Deixei um recado sobre a mesa de centro da sala.

    -x-
    Zayn, perdão por sair assim sem avisar, sem ao menos me despedir, mas estou muito confusa, acho que ao minimo contato visual com você, talvez eu não conseguisse mais ir embora. Não sei quando iremos nos encontrar de novo, sei que é estranho, mas não ligue mais no meu celular. Beijos
 
   -x-

    Cheguei em casa meu irmão estava uma fera, minha mãe e meus familiares haviam vindo para o meu casamento e também me esperavam.
    - Onde você estava? -Bryan perguntou vindo em minha direção.
    -Ué, meu casamento não é hoje? Então, fiz uma pequena despedida de solteira.
    -Você ficou maluca? -Ele gritava olhando em minha direção.
    -Bryan agora ela já fez, vamos logo com isso, (S/n) me acompanhe. -Minha mãe disse me guiando até o quarto.
    Tomei um banho e ali mesmo me arrumei, sem dia de noiva, pois não era uma, sem nada feliz, simplesmente uma menina se transformando em mulher a força. Me olhei no espelho e aquele vestido que a dias desejei, hoje me parecia horroroso.

    (...)
 Já estavamos na igreja.
   -Você vai ter que se casar com ele, (S/n). Não há uma escolha, muito menos escapatória. Você casará, e quando chegar a hora, deixará que ele te toque. E cumprirá seus deveres de esposa, me entendeu?
A voz de minha mãe ecoava por minha mente enquanto eu observava salão a adentro. A porta da igreja estava entreaberta, e eu atrás dela vestida de noiva. Não importa como fosse, eu poderia me casar com ele, mais me tocar ele jamais iria. Quem ele era? E como ele era? Seria magro, gordinho, alto, baixo?
  Tenho certeza que horripilante de qualquer modo... Alguém capaz de se submeter a algo dessa sanidade deveria ser totalmente sem escrúpulos.
   A valsa nupcial se iniciou, e com repulsa peguei no braço de meu Pai. O véu em meu rosto era o meu melhor refugio. Enquanto as lembranças passavam por minha memória... Meu ex namorado, Diego... Minhas melhores amigas... Tudo deixado para trás. Tudo por ele... Eu tentei fugir, mais não foi com sucesso. Tentei resistir, mais eu não era forte o bastante. Ele chamava por meu nome, querendo sempre me enfiar em seu destino... Mesmo sem mesmo me conhecer.
 Porque meu pai fazia isso comigo? Porque eu tinha me casar com um Malik?
Simples... Por dinheiro. Meu pai Henrrique Falk, Yasser Malik e mais cinco eram donos de uma das maiores filiais de empresas em paises opostos, no entanto, em Londres era o nucleo das empresas, e atualmente era comandada pelos Malik, porém a empresa começou a falir, se os Malik falissem minha familia seguiria o mesmo caminho, e foi desse jeito que aconteceu, quando as duas famílias já estavam no fundo do posso, algo pior aconteceu, os outro cinco empresarios resolveram cobrarem suas partes, e como os Malik haviam perdido uma parte da porcentagem para uma empresa estrangeira, se nossas familias não se ajeitassem, a empresa nucleo se dividiria em sete partes iguais, e o poder Falk e Malik não existiriam mais.
   Como meu pai é amigo de Yasser, eles juntos uniram o ultil ao que nos olhos deles era agradável.
E como Yasser tinha um filho mais novo que não fora capaz de se casar. E era irresponsável e precisava de limites. E Meu pai, tinha uma linda e virginal filha de dezessete anos que não podia se opor ao casamento. Era o plano perfeito... E foi executado. Era tudo um repulsivo e nojento contrato.
 Tentei afastar aquela idéia enquanto marchava para o altar. Com o olhar baixo, a tristeza me remoendo no peito... A dor, a solidão...
 Tudo acabou, e meu pai estendeu meu braço em direção às mãos dele. Eu não era capaz de olhá-lo, mantinha minha cabeça baixa, as lágrimas dominando meus olhos... Meu coração sendo dilacerado aos poucos. Todos me olhavam, as lágrimas caindo por baixo do véu, me escondendo da dura realidade... Eu vi suas mãos. E minha vontade foi de berrar.
 A toquei, e meu coração parou por um segundo. De vagar, meu olhar caminhou até o rosto angelical do homem a minha frente, meu coração parou novamente e começou a pulsar fora do comum, era ele, era o Zayn, como ele pode? Por isso se aproximou de mim, foi tudo um jogo. Meu nojo havia simplesmente aumentado, eu o odeio!
 Ele vestia um terno negro, ao contrário dos noivos convencionais. E em seu bolso havia uma rosa vermelha escura... Como sangue. Seus olhos eram castanhos e gritantes, maravilhosos... Sua boca era levemente rosada... Seus cabelos escuros... Sua expressão gélida, traços maravilhosos e tristes. Incrivelmente alto. A personificação de Deus...
   Puxou-me para seu lado, sem sequer depositar o famoso beijo em minhas mãos. Encaramo-nos, antes de olháramos para o padre... Mas que diabos era isso? Eu arfava... Meu coração estava a pulos. Eu tinha que olhá-lo novamente.
    Eu teria que me casar, seja por bem, seja por mal. Mais será que meu pai não poderia ter arranjado um noivo menos MARAVILHOSO? Seria terminantemente difícil resistir ao charme de Zayn Malik... Aquele que deveria ser o meu inferno. O padre falava, e falava e falava... Minhas pernas bambeavam, enquanto meu cérebro não conseguia sintonizar.
   Seria isso um castigo meu Deus? Eu estava mesmo pagando por todos meus pecados...

                                        #Pov Zayn#


   Porque aquela garota tinha que chorar? Via embaçadamente através do véu, ela chorava. Eu detestava fazer crianças chorarem... Para mim, ela era uma menininha... Dezessete anos.
Henrrique ou Yasser? Qual era o maior carrasco dessa vez? Eu disse a eles que não precisava ser ela... Mais Yasser me deu apenas duas alternativas.

        #FlashBack on#

  -Herrique tem duas meninas. Uma de dezessete que é filha dele, ou uma de 3 anos que é a neta. Quem você escolhe?
   -NENHUMA! -Curto e grosso. Mais era meu dever... Simplesmente não tinha como escapar.

        #FlashBack off#

   -Zayn Malik, você aceita (S/n) Falk como sua legitima esposa? Para amá-la e respeitá-la durante toda eternidade? – era a frase que eu mais temia em toda minha vida. Mais todo aquele contrato não era nada sem a minha assinatura. Eu devo ter bebido algo muito forte, eu posso jurar por toda a minha miseravel vida que ele disse (S/n), provavelmente sonhei acordado outra vez.
   -Sim. – ela me encarou. Pude sentir seu olhar contra minha pele... Por baixo daquele véu. Eu não podia vê-la. Com certeza, deveria ser bem desapropriada. Feia, em uma linguagem mais clara. Não que isso me importasse, não estava nos meus planos beijá-la, muito menos tocá-la.
   Era como se o sobrenome dela estivesse marcado em minha pele... E isso me dava repulsa.
    -(S/n) Falk, você aceita Zayn Malik como seu legitimo esposo? Para amá-lo e respeitá-lo durante toda eternidade? –Tentei chacoalhar a cabeça para tirar aquele nome de minha mente, ela não era a (S/n) tenho que parar de imaginar isso. Voltando ao ponto. Eu não queria ser respeitado. E uma coisa que eu sabia que não seria nunca era amado.
    -Sim. – havia algo em sua voz. Algo que ia além de minha compreensão. Talvez dor?
    -Eu vos declaro marido e mulher. – nós ficamos de pé. – pode beijar a noiva.
A igreja toda parou. Nem todos sabiam sobre o contrato. Eles achavam que nós estávamos nos casando por pura vontade. Mais não... Livre e espontânea pressão.
 O que eu iria fazer Deus? Só havia uma coisa a fazer, beijar a noiva.
    -Ok... – murmurei bem pertinho dela. Ela matinha as mãos abaixadas, e quando me aproximei para puxar-lhe o véu, ela as ergueu um pouco, apoiando-as em meus braços.
    -Não faça isso... – pediu-me. – por favor... -Aquela voz...
   Por um momento, senti uma profunda tristeza por parte dela, mais ao olhar para todos os convidados que aguardavam o momento desde o inicio da cerimônia, me senti pior ainda.
    -Desculpe... Eu preciso. – ergui o véu, e assim que o fiz, tive uma imensa surpresa.
Eram os olhos claros mais lindos que eu já tinha encarado. Brilhavam. Tinham medo. Tinham desespero. Tinham como dona uma linda menina. A minha noiva dos sonhos (S/n) Falk. A minha (S/n).
Suas faces coradas, as lágrimas por todo seu rosto. Seus belos cabelos loiros, escondidos sobre o véu. Não houve como resistir, foi arrancado. A dama de honra se encarregou dele. Os cabelos dela caíram em cascata por suas costas. Foi ai que observei o vestido. Branco, simbolizando a pureza. Seria ela mesmo pura? Longo, e brilhante. Bordado a mão. Não havia alças, ela tinha os ombros de fora. Delicados, assim como os seios, apertados num espartilho rendado, criando um leve volume. Lindo.
   Ela me olhava, não desviava o olhar. Como se eu fosse o centro do universo. Aproximei-me mais... E mais... Até lembrar. Ela não era minha mulher. Nem nunca seria. Desviei a rota, e lhe beijei a testa. Ficando a deriva... Desejei por um segundo beijar-lhe aqueles belos lábios. Aqueles, cujos quais beijei na noite anterior, e que ela passou a língua em uma forma nervosa no segundo seguinte.
 A igreja explodiu em aplausos.
Estava feito, agora (S/n) Falk era minha. Ou quase.

       (Continua...)


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