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sábado, 23 de novembro de 2013

Story of My Life #Capitulo 32 "Pressentimento de Criança"



                                   #Pov (S/n)#

     “Não é porque sofreram que podem achar que tudo acabou. Ainda temos contas a acertar, e está próximo o dia em que voltarei para buscar o que de fato, pertence a mim.”  Mamãe.  

    -Novamente.
    -Paai! Essa foi a sétima vez que eu li. - olhei na direção de Zayn, que parecia estático mirando o aparelho do telefone enquanto a voz de Tabatta saia de dentro dele.
    -Não precisamos de mais uma vez. Precisamos fazer algo, e rápido! - Zayn me olhou depois de muito tempo, e assentiu.
    -Ok filha, ligamos depois. Não se preocupe, você vai ficar bem. - ele mantinha o dedo sobre o “Off” do aparelho.
    -Ok, amo vocês. - e o telefone foi desligado.
Me encostei na cama, e fiquei parada segundos apenas olhando para a preocupação evidente de Zayn, que parecia que iria explodir a qualquer momento.
    -Temos que proteger a Tabatta. - foi tudo que pude dizer, quando Zayn ergueu o rosto para me olhar. - o que mais a Kelly quer de nós, se não a Tabatta? Ela vai atrás dela pra nos fazer sofrer, eu tenho certeza.
    -Não podemos agir precipitadamente. - sua voz era longínqua, ele estava pensando consigo mesmo enquanto falávamos - (S/n), um passo em falso... E a Kelly nos engole completamente. Não podemos errar. Não podemos...
   -Só tem um jeito... - agora ele me olhou, e manteve o rosto em minha direção - temos que trazer a Tabatta de volta... Vamos reunir os nossos filhos novamente. Enquanto ela não nos dá a pista do que vai fazer, temos que estar com eles juntos.
    -Você tem razão. - concordou, e ao mesmo tempo se pós de pé apanhando o telefone novamente. - vamos pra Europa amanhã. América do Sul, cancelado. - com o fone na orelha, Zayn reservou duas passagens.
    -E os gêmeos? - perguntei nervosa. - vamos deixá-los?
    -Devemos, não é? Se levarmos, só vamos atrasar mais as coisas. Sem contar que vai ser arriscado.  Se for uma armadilha pra tirarmos eles do pais e ela fazer algo contra?
    -Você tem razão. Aqui estão seguros. A policia está sempre por perto... Não há como entrarem aqui. - olhei para os lados - a Tabatta é o problema da Kelly. Quanto antes estivermos com ela, melhor.

          #Pov Zayn#

    Eu não estava tão certo quanto a minha decisão. Mas para (S/n), salvar Tabatta naquele momento era o que podia solucionar...
    -(S/n), é melhor você ficar... - ela jogava todas ou qualquer roupa dentro da mala de viajem - não acho uma boa idéia deixar os gêmeos no país sozinhos.
     -Ué, mudou de idéia? - me olhou estreitando o olhar.
    -Não é que tenha mudado, é que pensei melhor.
     -Não, eu vou com você. - estava tudo muito quieto ao nosso redor. Era praticamente o meio da madrugada, e todos na casa estavam dormindo. - Zayn... - falou uns três minutos depois do silêncio se iniciar - se te acontece alguma coisa... Eu... - começou a gaguejar com a mão sobre o peito - Eu... Não se esqueça que ela quer se vingar de MIM. Ela acha que fui EU quem “roubou” a Tabatta e você dela. - com passos rápidos e tremendo, ela atravessou o quarto e me enlaçou pelo pescoço - eu me firo se você se ferir... Eu não respiro se você não respirar. Eu morro, se algo te acontece!
    -Não, (S/n)... Shh... - a abracei igualmente apertado, cheio de sentimento. Ela chorava, e eu não via como dizer não. - Ok, você vai comigo! Mas o gêmeos ficam na casa dos nossos pais, ok?
    -Claro, assim me sinto muito melhor... Não acho essa Barbara muito... Confiável.
    -Ótimo. - ela me soltou, e me beijou. Logo após, voltou a arrumar as malas - vou ligar pros meus pais, e vamos pra lá agora.
    -Ok.
     Liguei pros meus pais, e com as malas prontas, (S/n) e eu fomos cuidar dos gêmeos.
    Me dirigi ao quarto de Madu, e a vi dormindo no berço como um anjo, de macacão rosa de elefantes, e o cabelo loiro na altura do pescoço completamente desordenado.
   Na verdade, naquele momento ela parecia-se mais com um bebê gigante, já que com aquele macacão, as lembranças de quando ela era mesmo só um bebê vieram a minha mente. O tempo passou rápido demais, e agora, o bebê numero dois que eu vi nascer um dia, já estava a caminho de ser uma criança.
     Visando-me observá-la, tive a noção de que eu tinha que fazer alguma coisa. Eu não podia deixar nada nem ninguém tocar num dos fios daquele cabelo.
    Fui até o guarda roupas e apanhei uma pilha de roupas, fraudas e calcinhas. Logo após,  documentos, remédios, chupetas e assim que obtive a mala cor de rosa cheia, a peguei de dentro do berço com todo o cuidado para não acordá-la.
    Ela resmungou, mas permaneceu quieta enfiando o rosto na curva de meu pescoço, e se roçando contra mim buscando o calor que deixara no berço.
   Seu perfume de bebê me embriagava, e me deixava cada vez mais preocupado com o bem estar daquela pequena neném, sem nenhuma defesa contra uma louca varrida como Kelly.
    Assim que sai do quarto com Maria Eduarda no colo, vi (S/n) com Thomas bem desperto em seu colo, e uma pequena mala azul nos braços.
    -Não vai ser por muito tempo, filho... - dizia aos sussurros para Thomas, que tinha os olhos tristonhos colados no rosto da mãe. - o papai e eu vamos buscar a Tabatta, e logo vamos estar de volta.
    -Plomete? - suas mãos agarraram fortemente o pescoço de (S/n) - não vaiiquecê eu e a Madu não, né? - (S/n) sorriu, e depositou um beijo na testa de Tom, sobre seus cabelos.
    -É lógico que não amor... Eu amo você. Muito. - eles me olharam, e Thomas sorriu. - pronto? - murmurou, observando Madu dormindo e resmungando em meu colo.
Assenti.
     Logo mais descemos as escadas em direção ao estacionamento, e (S/n) acomodou Thomas na cadeirinha de bebê. Madu pareceu não querer me largar, e permaneceu em meu colo, dormindo. Ajudei (S/n) como pude a colocar as malas no carro, e a solução foi ela ir dirigindo.
    -(S/n)... Ainda acho melhor você ficar. - falei observando Madu dormindo serenamente sobre mim. - Eu não gosto da idéia de deixá-los sem os dois pais.
     -Zayn, nós ficamos todos os dias com Madu e Tom. TODOS! E me diz quantos dias ficamos com a Tabatta? Quantas vezes já a deixamos sem os dois pais? - ela dirigia, as vezes me olhando - eles vão ficar bem. Estarão com os nossos pais e a policia estará lá. NADA vai dar errado. Ok?
    -Esta bem. - eu não queria brigar, mas em parte, ela tinha razão. Eu não podia negar que no fundo, mesmo sabendo que (S/n) amava muito Tabatta, eu ainda tinha minhas duvidas sobre esse sentimento. Mas agora, todas elas foram esquecidas. (S/n) amava mesmo Tabatta. Tanto quanto amava os nossos filhos de verdade. E isso, era impagável.
    Chegando a casa de meus pais, os gêmeos dormiam, e o olhar de minha mãe ao abrir a porta me deixou mais pasmo do que nunca.
    -Porque buscar a Tabatta tão cedo? - quis saber, quando (S/n) deitou Thomas no sofá. - o que está havendo com vocês?
    -Mãe, não é hora de explicar, ok? - não, ninguém tinha a real certeza do que nos passava. (S/n) e eu não gostávamos de expor nossa vida assim, mesmo que seja para nossos próprios pais. - só te peço que fique com os gêmeos por três dias, e não os deixe nas mãos de ninguém. Pode fazer isso?
    -Sim, claro. Mas assim que voltarem, vou querer saber de todos os detalhes! - minha mãe deixou as malas dos gêmeos que segurava no sofá, e apanhou Thomas do mesmo - trás a Madu...
    Comecei a segui-la, assim como (S/n) que vinha logo atrás de mim. Adentramos a um dos quartos de hospedes, e minha mãe acomodou Thomas na cama. Coloquei Madu ao lado do irmão, mas assim que a soltei, suas mãos agarraram minha blusa.
     -Madu, o papai tem que ir... - falei tentando tirar as mãos dela de minha roupa. Parecia ma missão impossível... Mesmo com dedo pequeninos, ela me puxava contra si com uma força grande.
    -Não papai... Não vai. - choramingava - eu não quelo. Se você for... Não vai volta. - seus olhos se abriram, e ela me olhou triste. Lágrimas saltavam de seus olhos. - por favor, não deixa eu.
    -Madu... - falei triste, mas no momento seguinte minha mãe a pegou no colo, e pega de surpresa, Madu soltou minha blusa.
    -Shh... Não chora pequenininha. O papai vai voltar claro que vai... - um escândalo se iniciou, e (S/n) parecia apavorada. Thomas, com um tremendo sono de ferro não cedeu aos berros da irmã. - Vão, ela vai ficar bem... Não se preocupem! - disse minha mãe, a ninando calmamente. - Shh... Quietinha Madu, quietinha! - E em meio as gritos de Madu chamando o meu nome, descemos para o estacionamento.

                          #Pov (S/n)#  

    -Se tudo isso não terminar bem... - eu dizia em meio a viajem - já sei o que vou fazer.
    Não precisei olhar para sentir os olhos de Zayn presos em minha face.      -(S/n), do que está falando?
    -Estou falando que se a Kelly entrar em contato novamente... Eu vou resolver isso com ela. - ele abriu a boca para protestar, mas fui mais rápida - não vai ser você, nem ninguém que vai me impedir, entendeu Zayn?


     (Continua...)

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